idiot: From Latin idiota, Greek idiotes, short spirited man, ignorant; double gendered adjective and common noun; lacks inteligence; stupid, imbecile; ignorant;



Escrever para o umbigo com a pica toda


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Todos os anos, faço sempre a mesma tentativa: é agora que vou recomeçar a escrever. Normalmente, o que me tem movido a isso tem sido a crítica, não especialmente a de música, porque para isso há sempre espaço - there's always room for jellow...! - mas principalmente a crítica à la Eça de Queiróz. Contudo, quando aparece alguém que se põe a dizer que a sua principal inspiração para escrever é o dito cujo e que, pior!, escreve na sua senda, a minha reacção é o vómito. Coitado do homem, que deve dar voltas no túmulo sempre que alguém o cita, ainda por cima quando Eça é sinónimo nos dias que correm de "quero ser pseudo-intelectual, mas cito aquilo que li na escola secundária"... pronto, esqueçam a crítica à la Eça de Queiróz. Desse só houve um, é pena, mas é verdade. A História faz-se a andar para a frente, a criar os nossos próprios marcos e ídolos, e não a copiar os marcos e ídolos de tempos idos. Deve ser por causa disso que Portugal estagnou na Idade Média...

E pronto, dou comigo a dar aos dedos a criticar. Crises de valores, crises de dinheiro, crises de criatividade e de identidade, por aí fora. A ideia é estar fora do sistema e, quando sinto o sistema a engolir-me, lá saio disparada da festa, aos coices e pontapés, ofegante, porque o Grande Polvo a mim não me apanha.
Só que, ou uma pessoa é extraordinariamente amarga, ou intragável, ou então rapidamente a conclusão a que se chega é que a crítica inflama dois ou três posts interessantes e, daí para a frente, até dá preguiça ligar o browser para ir ao blogger. E dá-me prazer escrever.

Hoje, na aula, escrevi um texto pequeno, cujo objectivo era ligar dez palavras que não tinham nada a ver umas com as outras. Oh pah, devem estar a gozar comigo. Bring it on!
Eis porque é que não preciso de aulas de escrita criativa, por muito que o marketing me convença do contrário: a experiência é a mãe de todas as coisas. E saber ouvir é uma virtude.
Cruzando estórias de amigos e de amigos de amigos, mais umas pitadas de imagens estáticas na minha mente, estava preparada para começar um conto, pelo menos. Depois, faço copy paste do
texto em questão, para o umbigo, claro.
Não basta saber fazer; escrever é um exercício de prática e persistência e eu, como boa anti-ginasta que sou, ando a baldar-me às aulas de Educação Física. Há anos que me baldo e, graças a um metabolismo acelerado, ainda não estou obesa. Contudo, para lá caminho.

Hei-de pegar na epopeia do Fred Kuller, personagem vagamente inspirada num bacano que serve às mesas, um ladies' gentleman que não toma banho, usa braceletes de ténis, gosta de Lisboa às pinguinhas, e que não sabe muito bem a quantas anda, porque está a deixar a coca.
Gosto de personagens disfuncionais, que andam à procura da Iluminação, de preferência antes de deixarem este mundo, antes de chegarem a velhos. As pessoas mais interessantes que eu conheço são aquelas que andam ao seu ritmo, no seu mundo, que aos olhos de toda a gente são vistas como "pobres coitados", mas que na verdade, são os Reis da sua Montanha.
Para elas não há crítica, - bem, há sempre idiotas em todo o lado, e os que pensam que são muito à frente, mas que na verdade, são uns desadaptados no mau sentido - o que há é um grande hi five.
Acho que, afinal, escrevo para os umbigos delas.


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